● Fundamentos de acústica;
○ O que é som?
■ Definição física: ondas de pressão mecânica.
■ Meios de propagação (sólidos, líquidos, gasosos).
■ Velocidade do som.
○ Grandezas e Unidades Acústicas:
■ Frequência (Hz): O que são sons graves, médios e agudos. Espectro sonoro audível pelo ser humano.
■ Pressão Sonora e Nível de Pressão Sonora (NPS): A “força” ou “amplitude” da onda sonora.
■ Decibel (dB): Por que usamos uma escala logarítmica? Compreendendo o dB como uma relação e não um valor absoluto. Como “somar” decibels (demonstração prática de que 60 dB + 60 dB ≠ 120 dB).
○ A Percepção Humana do Som:
■ Subjetividade da audição.
■ Curvas de Ponderação em Frequência (A, C e Z): O que são e por que a ponderação “A” (dBA) é a mais importante para a avaliação do ruído ambiental, por simular a resposta do ouvido humano.
○ Tipos de Sons:
■ Contínuo, intermitente, impulsivo e tonal. Como identificar cada um na prática.
● Ruído Ambiental;
○ Diferença entre Som e Ruído: A definição de ruído como “som indesejado”.
○ Poluição Sonora:
■ Conceito e enquadramento como um problema ambiental e de saúde pública.
■ Principais fontes de ruído urbano: tráfego de veículos, atividades de construção civil, indústrias, estabelecimentos comerciais e de lazer (bares, restaurantes, casas noturnas, templos religiosos), etc.
○ Efeitos do Ruído na Saúde Humana:
■ Efeitos auditivos (perda de audição induzida por ruído – PAIR).
■ Efeitos não auditivos: estresse, distúrbios do sono, problemas cardiovasculares, queda de desempenho cognitivo.
■ Impacto na fauna local.
● NBR 10.151 – Motivação e referenciais legais;
○ O Papel das Normas Técnicas da ABNT: Caráter e força legal quando citadas em leis e regulamentos.
○ Hierarquia da Legislação Ambiental no Brasil:
■ Federal: Constituição Federal (Art. 225), Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), Resolução CONAMA nº 01/1990 (Padrões de Qualidade do Ar para Ruído).
■ Estadual: Leis e decretos estaduais específicos (se houver).
■ Municipal: A importância da legislação local (Plano Diretor, Código de Posturas, Código de Meio Ambiente, Leis do Silêncio). Como a NBR 10.151 se integra à legislação do município.
○ A NBR 10.151 como Ferramenta de Fiscalização:
■ Histórico e evoluções da norma (versão atual de 2019 e suas principais mudanças).
■ Seu objetivo: fixar o procedimento para medição e avaliação de níveis de pressão sonora em ambientes habitados.
■ A importância da norma para gerar provas técnicas robustas em processos administrativos e judiciais.
● NBR10.151 – Instrumentação e calibração;
○ O Medidor de Nível de Pressão Sonora (Sonômetro):
■ Componentes básicos: microfone, pré-amplificador, circuitos de ponderação, display.
■ Classes de Instrumentos (Classe 1 e Classe 2): Diferenças, precisão e quando cada um pode ser utilizado segundo a norma.
○ O Calibrador Acústico:
■ Função: verificar a resposta do medidor antes e depois de cada série de medições.
■ Procedimento de calibração em campo.
○ Calibração Acreditada (RBC/Inmetro):
■ O que é o certificado de calibração?
■ Importância da rastreabilidade e da validade do certificado para a legalidade da medição.
■ Periodicidade recomendada para a calibração em laboratório.
○ Acessórios Essenciais:
■ Tripé: para garantir a estabilidade e o posicionamento correto.
■ Protetor de vento (windscreen): quando e por que usá-lo.
■ Anemômetro (medidor de vento): para verificar as condições meteorológicas.
● NBR10.151 – Metodologias de avaliação;
○ Definições Chave da Norma:
■ Som Total (RT): O ruído medido na presença da fonte sonora reclamada.
■ Som Residual (RR): O ruído de fundo, medido sem a presença da fonte sonora reclamada.
■ Som Específico (RE): O ruído proveniente exclusivamente da fonte reclamada. Como determiná-lo a partir do RT e do RR.
■ Nível de Pressão Sonora Equivalente (LAeq): O que representa o nível médio de energia sonora e por que é a principal métrica da norma.
○ O Método Comparativo:
■ A lógica de comparar o som da fonte reclamada com os limites estabelecidos pela legislação.
■ Limites de Nível de Pressão Sonora (LCA – Nível de Critério de Avaliação): Apresentação da Tabela de limites da NBR 10.151 (períodos diurno e noturno, tipos de áreas).
○ Correções por Características Específicas do Som:
■ Caráter Tonal: Como identificar e aplicar a penalidade de +5 dB.
■ Caráter Impulsivo: Como identificar e aplicar a penalidade de +5 dB
● NBR10.151 – Avaliações em ambientes externos e internos;
○ Medições em Ambientes Externos:
■ Pontos de medição: limites da propriedade que contém a fonte, ou em pontos específicos definidos pela legislação local.
■ Posicionamento do microfone: altura, distância de superfícies refletoras (paredes, muros).
■ Cuidados com as condições meteorológicas (vento, chuva).
○ Medições em Ambientes Internos:
■ Onde medir: no interior do imóvel do reclamante, geralmente no cômodo de maior incômodo (dormitórios, salas).
■ Posicionamento do microfone: distância de paredes, teto e piso.
■ Condição das janelas e portas (abertas ou fechadas, conforme a condição de maior incômodo habitual).
○ Tempo de Medição:
■ Critérios para definir a duração da medição para que ela seja representativa da queixa.
■ Amostragem e representatividade do ruído.
● NBR10.151 – Passo a passo da norma;
○ Fase 1: Planejamento (Antes da visita):
■ Análise da denúncia: entender a natureza da queixa (que tipo de som, horários).
■ Verificação do equipamento: bateria, certificado de calibração válido.
■ Consulta à legislação municipal aplicável e ao zoneamento da área.
○ Fase 2: Execução em Campo:
■ Chegada ao local e constatação inicial.
■ Escolha do ponto de medição.
■ Verificação das condições meteorológicas.
○ Calibração inicial do sonômetro.
○ Medição do Ruído Residual (RR): com a fonte reclamada desligada.
○ Medição do Ruído Total (RT): com a fonte reclamada em operação normal.
○ Calibração final do sonômetro.
○ Anotações detalhadas em relatório de campo (data, hora, local, condições, croqui).
○ Fase 3: Análise e Relatório (Pós-campo):
■ Cálculo do Nível de Ruído Específico (se aplicável).
■ Aplicação das correções (tonal/impulsivo).
■ Comparação do resultado final com o limite legal (LCA).
■ Elaboração do Relatório/Laudo Técnico de Medição de Ruído.
■ Estrutura do laudo: dados do solicitante, objetivo, identificação da fonte, legislação, equipamento utilizado, metodologia, resultados, conclusão.
● Exemplos de campo e prática para fiscalização.
○ Estudos de Caso Comuns:
■ Fiscalização de Bares e Casas Noturnas: Ruído musical, conversas de clientes na área externa.
■ Fiscalização de Templos Religiosos: Ruído de cultos e sistemas de som.
■ Fiscalização de Obras de Construção Civil: Ruído de máquinas em diferentes fases da obra e horários permitidos.
■ Fiscalização de Indústrias: Ruído contínuo de maquinário.
○ Erros Comuns e Como Evitá-los:
■ Posicionamento incorreto do microfone.
■ Não realizar a calibração em campo.
■ Medir em condições meteorológicas inadequadas.
■ Tempo de medição insuficiente.
■ Preenchimento incorreto do relatório.
○ Procedimentos Administrativos Pós-Laudo:
■ O que fazer quando o laudo constata a infração?
■ Emissão de notificação, auto de infração, termos de ajuste de conduta (TAC).
■ Como descrever a infração e fundamentar a penalidade com base no laudo técnico.
○ Sessão Prática Simulada (se possível): Simulação de uma medição em ambiente controlado, permitindo que os fiscais manuseiem o equipamento e sigam o passo a passo aprendido.